Na dor de uma lágrima
Em volta do caixão encontram-se homens e mulheres, jovens e de mais idades, brancos e pretos, magros e gordos, são tantas as diferenças, mas naquele momento terrível, uma coisa é comum entre todos, a dor da perda. Todos sabem que ali já não tem mais vida, é apenas um corpo no espaço, não sente mais dor, não chora, não sente fome, não sente mais nada, muitos ainda acreditam que agora estará em um plano melhor que o nosso, enquanto a grande maioria apenas não acredita e espera ansiosamente para que ele se levante e nos abrace, só isso seria possível para extinguir essa dor que assola o coração de todos ali.
Alguns amigos da família chegam, nos dão uma palavra de conforto, senta ao nosso lado e tenta tirar um pouco a nossa atenção do acontecido. Outros amigos apenas nos abraçam e caem ao choro também, por aquele corpo ter sido um dia, algo que nos deu muita felicidade.
Sentado no canto algumas pessoas entram na capela, chegam até aquele corpo, olha de um lado, olha do outro lado, faz uma cara de estranheza e por fim pergunta; "ele morreu mesmo?". Na minha mente passa um turbilhão, e eu fico pensando qual a melhor forma de agir com aquilo. Uma simples pergunta, que não muda o fato de nada, como faz tanto uma pessoa sofrer?
Passam algumas horas, todos já tiveram seu momento com ele, alguns choraram, outros preferiram rir, numa tentativa de guardar apenas os bons momentos vividos. E eu? Tenho a missão frustrada de me manter inteiro, ser forte para cuidar de todos os outros que não suportam a dor da ideia de que aquele corpo, poucas horas atrás teve vida, pouquíssimos dias atrás, aquele mesmo corpo, subia de descia ladeiras perturbando as pessoas que passavam em sua volta. Chegou a hora da celebração e eu me pergunto, o que celebrar? A vida? A morte? A vida após a morte? O bispo faz sua celebração e chega a pior hora, mesmo sabendo que aquele corpo não tem mais vida, porque dói tanto o fechar do caixão?
Alguns amigos da família chegam, nos dão uma palavra de conforto, senta ao nosso lado e tenta tirar um pouco a nossa atenção do acontecido. Outros amigos apenas nos abraçam e caem ao choro também, por aquele corpo ter sido um dia, algo que nos deu muita felicidade.
Sentado no canto algumas pessoas entram na capela, chegam até aquele corpo, olha de um lado, olha do outro lado, faz uma cara de estranheza e por fim pergunta; "ele morreu mesmo?". Na minha mente passa um turbilhão, e eu fico pensando qual a melhor forma de agir com aquilo. Uma simples pergunta, que não muda o fato de nada, como faz tanto uma pessoa sofrer?
Passam algumas horas, todos já tiveram seu momento com ele, alguns choraram, outros preferiram rir, numa tentativa de guardar apenas os bons momentos vividos. E eu? Tenho a missão frustrada de me manter inteiro, ser forte para cuidar de todos os outros que não suportam a dor da ideia de que aquele corpo, poucas horas atrás teve vida, pouquíssimos dias atrás, aquele mesmo corpo, subia de descia ladeiras perturbando as pessoas que passavam em sua volta. Chegou a hora da celebração e eu me pergunto, o que celebrar? A vida? A morte? A vida após a morte? O bispo faz sua celebração e chega a pior hora, mesmo sabendo que aquele corpo não tem mais vida, porque dói tanto o fechar do caixão?
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